De acordo com um estudo da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), em parceria com o Ministério da Educação e a Organização de Estados Ibero-americanos (OEI), 42% dos alunos da rede pública do país são vítimas de violência verbal ou física. Segundo 70% dos entrevistados, há registro de algum tipo de violência na escola onde estudam. Na maioria dos casos, os próprios colegas são os agressores, mas há ainda alunos que acusam professores de agressão.Diante desses números, surge uma importante questão: como fazer da escola um ambiente menos agressivo, em que as crianças se sentem seguras? E, indo além, um ambiente em que também professores, gestores, enfim, toda a comunidade escolar seja condensada por um local considerado seguro e acolhedor?
O pontapé inicial é entender e gerenciar melhor o que causa ansiedade e estresse – as questões individuais que costumam refletir nas ações de cada um em comunidade.
Com as noções dos 7 hábitos implementadas e a comunidade escolar mobilizada em conjunto, é possível ter um ambiente mais seguro e acolhedor.
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Gestão colaborativa, ambiente escolar seguro
O aprendizado e a formação de um cidadão têm como base o ambiente em que o sujeito está inserido. Diante dessa máxima, é necessário que o ambiente escolar tenha como prioridade promover a segurança e o bem-estar para os seus alunos.
A questão da segurança possui um elemento fundamental para evitar manifestações de violência: uma gestão colaborativa em que pais, estudantes, professores e demais servidores estejam em diálogo.
Numa unidade de ensino, segundo especialistas, uma gestão democrática ajuda a resolver pacificamente os seus conflitos. A partir dessa perspectiva, resolve-se um problema estrutural.
Mas, então, como constituir esse tipo de gestão? Neste post, separamos algumas dicas. Acompanhe a leitura e confira!
Ações para melhorar a segurança escolar e familiar
Temos muito a aprender com os 7 hábitos altamente eficazes neste contexto. Diante do desenvolvimento das competências socioemocionais, é possível criar e compartilhar um vocabulário comum para se comunicar com mais eficácia e desenvolver conexões mais fortes.
Ou seja, a base para um ambiente escolar seguro não se trata somente de elementos materiais. Um passo importante para os indivíduos se sentirem seguros, portanto, está no apoio socioemocional.
É comum, aliás, reconhecer as diversidades das origens e realidades de cada indivíduo. Cada um chega à escola com suas próprias circunstâncias e necessidades. Desse modo, o objetivo do diálogo é envolver essas diferenças para que elas possam ser acolhidas e discutidas, num ambiente democrático que promove uma gestão participativa entre todos os envolvidos no processo pedagógico.
Duas ações, portanto, se fazem essenciais:
1 – A comunidade escolar mobilizada
Aqui a ideia é enaltecer a participação de cada indivíduo nas decisões e fazer entender que a escola é um espaço para todos. Uma ação possível poderia envolver reuniões, assembleias e atividades com estratégias que incluam a equipe pedagógica em diálogo com os pais.
Desse modo, seriam momentos dedicados a estabelecer medidas que podem beneficiar o conjunto do ambiente escolar, promovendo um trabalho em equipe.
2 – Lições de casa
A partir dessas reuniões colaborativas, com todas as informações e insights adquiridos, os gestores e professores devem incentivar os pais e responsáveis a compreender e compartilhar os conceitos do vocabulário comum estabelecido também em casa. Portanto, rever tópicos que causam ansiedade, estresse e possíveis ameaças emocionais que podem ter reflexo no ambiente escolar.
Conclui-se, portanto, que desenvolver confiança e conversar sobre emoções são passos importantes para promover segurança física e emocional no ambiente escolar. A presença colaborativa e um relacionamento com um diálogo íntegro entre a comunidade pedagógica e a família, afinal, é indispensável e gera resultados positivos.
Fonte – https://www.olideremmim.com.br/blog/o-que-faz-da-comunidade-escolar-um-ambiente-seguro/
Fotos – Unsplash e divulgação