Sabemos que a tecnologia, nos dias atuais, está cada vez mais inserida no nosso cotidiano, pois, com apenas um clique ou um toque, desbrava-se de forma rápida alguma novidade. Se pararmos para pensar, essa realidade dentro de um ambiente escolar, a forma de aprender e ensinar também foi se transformando com o passar dos anos: de fato, o aluno de hoje não é o mesmo de antes, o professor também não é o mesmo, ambos foram se transformando e evoluindo conforme a inserção de novas tecnologias.

Há diversos fatos que nos apontam que a tecnologia na educação aliada aos ensinamentos curriculares só veio a somar, e cada vez mais ela se tornará presente, afinal estamos na Era da Informação. Fatos esses que nos levam a pensar: como alinhar os recursos tecnológicos com o processo de ensino-aprendizagem?

As plataformas digitais e aplicativos vieram como um facilitador no aprendizado: além de promover uma maior agilidade e conectividade, também desperta o interesse e a proatividade do aluno em aprender uma ferramenta nova de forma lúdica, refletindo na sua autonomia e satisfação em aprender algo novo, como a realização de um e-book inserindo informações geográficas de países, por exemplo.

Aprender de uma forma interativa estimula a curiosidade, o que auxilia nos processos cognitivos, deixando os conteúdos mais leves e prazerosos. Para aguçar essa curiosidade podemos utilizar o Google Earth e com a ferramenta Timelapse, que permite visualizar como as geleiras da Antártica retrocederam de tamanho desde 1985 até os dias atuais, irá despertar nos alunos o desejo de visualizar como outras banquisas vem diminuindo em outras regiões do planeta, fazendo uma conexão com aulas de Impactos ambientais e aquecimento global.

Com o Google Maps, podemos explorar o conceito de Regiões Metropolitanas analisando as cidades e o seu grau de hierarquia urbana, localização de Bacias Hidrográficas, ou até mesmo utilizando a gamificação promovendo o enriquecimento da participação do aluno através de uma situação-problema. Trabalhar com o aspecto visual, saindo da folha de papel, desperta o engajamento, gera dinamismo nas aulas e a vontade em desbravar cada vez mais.

Com o aluno cada vez mais visual, ou seja, o sentido sensorial da visão mais estimulado para os processos cognitivos, o professor pode esmiuçar de forma lúdica os recursos e aplicativos de elaboração de mapas mentais, vídeos no YouTube, jogos interativos, como quiz, ou até mesmo um bingo com palavras chaves de acordo com temas dos conteúdos estudados. Assim, aprender por meio de uma brincadeira com embasamento de toda uma infraestrutura pedagógica, com aplicação de metodologias ativas, e como uma forte aliada, a tecnologia, os resultados tendem a ser muito mais satisfatórios, tanto para o professor como também para o aluno.

Se levarmos em consideração esse momento de pandemia, alguns alunos que não podem frequentar a escola de forma híbrida, permanecendo constantemente em suas casas e afastados dos colegas, quando se deparam com alguma competição, jogos ou ferramentas que os aproximam mesmo estando distantes, há uma motivação maior em aprender, a ensinar uns aos outros, aliando a tecnologia na educação com o protagonismo do aluno, onde ele se torna o próprio responsável pelo seu aprendizado.

Nos dias atuais, por toda essa nova realidade, ainda temos muitos desafios pela frente, sempre tendo como meta e objetivo evoluir de forma a agregar os ensinamentos mediados por tecnologias, entretanto, já podemos refletir pelos resultados, que estamos no caminho certo.

Em tempos pandêmicos, vimos uma necessidade em reestruturar a forma de ensinar e aprender com as aulas remotas, principalmente, pelo fato de explorar os recursos tecnológicos como meio de acesso educacional, porém, para que isso aconteça com êxito, o professor precisa cativar e estimular o aluno e é aí que a tecnologia entra como grande parceira nesse processo.

Texto: Fernanda C. Fernandes – Professora de Geografia

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